Ao estudarmos o movimento renascentista, logo percebemos que o italiano Leonardo Da Vinci surge como um dos nomes que melhor representou aqueles tempos. Na condição de humanista, abraçou os temas terrenos com uma intensidade que lhe permitiu explorar as mais diferentes áreas do conhecimento humano. Entre tantos feitos realizados em vida, a pintura “La Gioconda”, onde retratou uma jovem chamada Mona Lisa, se estabeleceu com o ponto máximo de seu legado. Com o passar do tempo, aquele quadro de tons harmoniosos acabou sendo fruto de várias investigações sobre a vida do pintor italiano e a jovem representada. Recentemente, um pesquisador chamado Giuseppe Pallanti realizou a publicação de uma obra na qual tentou recuperar a vida daquela mulher que se eternizou pelas habilidosas mãos de Leonardo Da Vinci. Para que isso fosse possível, foi executado um árduo trabalho de pesquisa do Arquivo Municipal de Florença, na Itália. Lisa Gerardhini, o verdadeiro nome da modelo, era casada com um rico comerciante florentino chamado Francesco del Giocondo. Seu último nome, flexionado para o gênero feminino, acaba explicando o outro nome pelo qual a retratada também ficou conhecida. De fato, naquela época, era bastante comum que os membros da nascente burguesia empregassem quantias consideráveis para terem sua imagem reproduzida ou bancassem um artista como forma de prestígio social. Mais do que o reflexo de um hábito comum entre burgueses, a pesquisa feita sobre Mona Lisa acabou indicado que a família dela e a família de Da Vinci tinham boas relações e moravam próximas uma da outra. Na ocasião da pintura, por meio da análise das roupas utilizadas por Mona Lisa, estudos indicam que ela teria acabado de dar à luz a um de seus cinco filhos ou estaria gestante. De acordo com essa mesma investigação, a obra teria sido começada no ano de 1503 e terminada três anos depois. Essas informações sobre Mona Lisa não só complementam o legado de Da Vinci, como também enfraquece uma antiga tese de que a modelo nunca teria existido ou de que a Gioconda, na verdade, fosse um autorretrato feminino do afamado artista. Paralelamente, outros estudiosos refutam a tese da relação familiar para afirmarem que a produção da obra seria fruto de um gracejo de Giuliano Médici, que teria um caso amoroso com Mona Lisa. Ainda que sua vida íntima seja um mistério, esse novo conjunto de informações recolhidas também sugere o tempo de vida e o lugar de enterro da Gioconda. Segundo os dados de Pallanti, ela teria vivido mais de sessenta anos e foi provavelmente enterrada no convento florentino de Santa Úrsula, em 1542. Enquanto essas outras teses circulam, uma série de pesquisas envolvendo o mais aclamado quadro de Da Vinci continua acontecendo.
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Humberto Schvabe
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