Pessoas que perderam algum membro de seu corpo sentem o membro fantasma. Trata-se de sensações de dor no local onde o membro perdido se encontrava. Tais sensações ocorrem porque o cérebro detecta estímulos sensoriais por meio de seus neurônios distribuídos por todo o organismo. Estes, por sua vez, provocam atividades elétricas contínuas determinando ao cérebro as partes do corpo. Dessa forma, mesmo perdendo algum membro do corpo, os neurônios continuam a transmitir tais atividades elétricas.
Alguns estudiosos afirmam que a síndrome do membro fantasma refere-se à dor neuropática, ou seja, dor sem causa aparente provocada pelo mau funcionamento do sistema nervoso. A dor sentida normalmente é intensa e tende a se intensificar com o decorrer do tempo.
Há inúmeras controvérsias a respeito dos mecanismos neurofisiológicos que induzem tal fenômeno, porém a explicação mais aceita é de Pattrick Wall, neurocientista britânico que diz existirem alterações provocadas pela cicatriz nas fibras nervosas no coto do membro amputado e, ainda, a falta de estímulos periféricos seriam as causas do fenômeno. Não há nenhum tipo de tratamento para o fenômeno, pois não se sabe com precisão as suas causas. Conclui-se apenas que a síndrome do membro fantasma é baseada em fatores fisiológicos e psíquicos.
Existem ainda outras situações em que a síndrome do membro fantasma se manifesta em indivíduos, como lesões no plexo braquial (conjunto de nervos que se originam na medula espinhal), tetraplegia, retirada da mama, apêndice fantasma entre outras.
Humberto Schvabe