Investigação apura desaparecimento de corpos no IML de Curitiba
Uma investigação aberta há seis anos está apurando o desaparecimento de dois cadáveres que estavam armazenados no Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba. A situação veio à tona nesta sexta-feira (21 de julho), após uma reportagem divulgada pelo G1-Paraná revelar ainda que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) abriu recentemente um inquérito civil para apurar possível omissão da Polícia Científica na apuração.
Os corpos, de dois homens sem identificação, estavam no IML desde 2014 e desapareceram em 2017. Ofício encaminhados à polícia, contudo, apontam que pelo menos outros dois corpos, de um terceiro homem e de um natimorto, também sumiram do IML entre 2016 e 2017. Até hoje não se sabe o que ocorreu.
O MP-PR, segundo informado pelo Paraná Portal, estaria apurando erros no processo de sepultamento, além do possível desaparecimento de corpos. A Polícia Civil, por sua vez, limitou-se a confirmar a existência de uma investigação sobre o assunto, enquanto a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) ressaltou que o caso teria ocorrido no antigo IML de Curitiba e que “determinadas práticas que ocorriam” no antigo IML “não existem mais nas Unidades da Polícia Científica”.
A apuração do caso teria iniciado em outubro de 2017, após o IML notar a ausência de dois corpos ao cumprir mandado de verificação de cadáver do Foro Central de Registros Públicos de Curitiba. Em maio de 2018, o MP-PR chegou a apontar “indícios de participação de funcionário público”, mas até hoje nenhum suspeito foi indiciado. Documentos assinados pelo então diretor administrativo do IML, inclusive, apontam que, na época dos desaparecimentos, a instituição não possuía um “setor próprio de controles bem capacitado”, o que só teria ocorrido em 2016.
Inquérito apura omissão da Polícia Científica na investigação
Há 10 dias, então, um novo inquérito foi aberto, para apurar se houve omissão da Polícia Científica na investigação, uma vez que não teria sido aberto procedimento interno para averiguação do caso.
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Fonte:www.bemparana.com.br