Seis empresários presos por crime ambiental em Curitiba e Pinhais
Na manhã desta terça-feira (11), seis pessoas foram presas sob suspeita de praticar
crime ambientalnos bairros de Curitiba e Pinhais. Esses indivíduos são empresários e diretores de três empresas de publicidade, que estariam envolvidas no corte ilegal de árvores na capital.
As árvores eram cortadas de forma ilegal para não atrapalhar a visualização dos painéis de publicidade. Devido à natureza do crime, as três empresas também estão sendo investigadas. Elas pagavam para que árvores, como os ipês-amarelos, fossem cortadas.
As equipes da Polícia Civil do Paraná cumpriram um total de 15 mandados de prisão e busca e apreensão em endereços nos bairros Capão Raso, Batel, Tingui, Uberaba, Barreirinha e Centro, em Curitiba, e no Centro e no Alphaville, em Pinhais. Os presos e os materiais apreendidos foram levados para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.
O ‘lenhador’, contratado para executar os cortes, também foi preso e indiciado. Além dos ipês-amarelos, outras espécies de árvores foram cortadas sem a devida licença do órgão ambiental competente, que é a prefeitura de Curitiba.
O delegado Guilherme Dias, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, afirmou que as investigações começaram a partir do corte de ipês-amarelos no bairro Juvevê, mas que foram identificados diversos outros crimes cometidos pela mesma pessoa.
Segundo o delegado, o suspeito foi contratado por três empresas de publicidade sediadas fora de Curitiba para realizar os cortes, sem nenhum tipo de licenciamento ambiental. Foram realizados 45 cortes nessas circunstâncias.
O grupo atua há pelo menos três anos, cometendo mais de 100 cortes de árvores. Os cortes eram feitos sempre à noite, aos finais de semana e em horários com menor movimento. O valor pago por cada corte variava de R$ 100 a R$ 600, dependendo do tipo solicitado.
Os investigados devem responder por associação criminosa. O delegado Dias ressalta a importância de obter autorização legal do órgão ambiental competente antes de realizar o corte de uma árvore, especialmente se estiver localizada em via pública.
Após a publicação desta reportagem, o Sindicato das Empresas de Publicidade Externa do Estado do Paraná emitiu uma nota informando que está acompanhando os desdobramentos da investigação e colaborando com as autoridades para elucidar o caso e punir os responsáveis.
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