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Redes sociais e jogos on-line são terreno fértil para crimes cibernéticos contra crianças

As redes sociais e os jogos on-line com chats para troca de mensagens são os principais ambientes dos crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. O alerta é da delegada do Núcleo de Combate aos Cibercrimes de Curitiba, Ellen Victer Moço Martins. A atuação das delegacias especializadas no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, além dos conceitos de cibercrimes e definições trazidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pelo Código Penal, foram os temas principais apresentados. Em Curitiba, maioria das crianças vítimas da violência sexual tem de 10 a 14 anos.

Contando com a presença de 230 pessoas, no Salão de Atos do Parque Barigui, teve como destaque os alertas em relação aos riscos.

O mais importante foi o alerta com relação ao fato de que mesmo estando em casa nem sempre significa que crianças e adolescentes estão seguros: “É preciso saber o que eles estão fazendo trancados em seus quartos. Na correria do dia a dia os pais ou responsáveis ficam focados em suas atividades, mas eles devem adequar as suas rotinas para estarem atento a seus filhos”.

Os pais devem  conversar com crianças e adolescentes, estabelecer um diálogo de confiança e monitorar o que eles fazem na internet, Alerta Ellen: “Os pais devem explicar que, por medida de proteção, precisarão ver o celular algumas vezes e até jogar junto para acompanhar o que acontece”.

Crimes

O cyberbullying e o estupro virtual estão entre os crimes virtuais que atingem crianças e adolescentes e estão se tornando cada vez mais comuns. 

O Brasil é o segundo país no ranking de cyberbullying, atrás apenas da Índia, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Ipsos, que entrevistou 20 mil pessoas em 28 países. A pesquisa apontou ainda que 30% dos pais ou responsáveis brasileiros entrevistados afirmaram ter conhecimento de que os filhos se envolveram ao menos uma vez em casos de cyberbullying.

Outro crime comum, segundo Ellen, é estupro virtual, que já encontra jurisprudência no Brasil. Esse tipo de cibercrime acontece quando o abusador usa um perfil falso – na maioria das vezes se passando por outro adolescente -, ganha a confiança do jovem e passa a incentivar a realização de atos sexuais. Com as imagens em mãos, o criminoso passa a fazer ameaças e até extorsões.

A lista de cibercrimes tem ainda a produção de material pornográfico infantil e o armazenamento e compartilhamento de vídeos de pornografia infantil.

Serviço:

O Núcleo de Combate aos Cibercrimes fica na Rua Pedro Ivo, 672 - Centro. O telefone é 41 3304-6800.


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