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Festa junina anima a rotina de unidade de acolhimento no Capão da Imbuia

Foto: Levy Ferreira/SMCS

As 12 mulheres acolhidas na Unidade de Acolhimento Institucional (UAI) do Capão da Imbuia tiveram uma tarde diferente nesta quinta-feira (24/6): no dia de São João, fizeram uma festa junina para confraternizarem com a equipe de cuidadoras.

As moradoras foram acolhidas por viverem em situação de vulnerabilidade e em algum grupo de risco para a covid-19 e a participação delas nos pequenos eventos da casa auxilia na retomada de suas vidas, com o estímulo à sociabilidade e compromisso com as tarefas assumidas para a realização da confraternização.

Durante a semana, todos cuidaram da preparação da decoração, da lista de comidas típicas e das brincadeiras. O arraial começou na hora do lanche, com direito a bolo de milho, paçoca, pipoca, cachorro-quente e um quentão não alcóolico, com chá de hibisco, suco de uva e especiarias.

Vestidas e maquiadas a caráter, as mulheres participaram do bingo, com direito à premiação: bombons, snacks, itens de higiene e peças de roupas. Também teve jogos de argolas e de pescaria com os peixinhos feitos por elas.

Um lugar de apoio

Há dois meses acolhida pela unidade, Patrícia Rodrigues da Cruz Guimarães, 38 anos, disse que a semana ficou mais interessante com a animação de todas para a chegada da festa junina. Ela fez as bandeirinhas e decorações com glitter. Divertiu-se com os prêmios do bingo e conta que a UAI está auxiliando na recuperação pós-toxoplasmose e em fazer planos para quando sair da casa.

“Gosto muito de ajudar nos eventos da casa porque elas estão me ajudando muito. Eu sei fazer crochê e aqui me incentivam a começar a estudar, para ler e escrever, tentar arrumar um trabalho e ter um cantinho para mim”, fala Patrícia.

Marineuza Rosário de Jesus, 51 anos, até se maquiou para o arraial e disse que a festa junina deixou o dia mais divertido. Ex-moradora de rua e coletora de materiais recicláveis, conta que hoje sonha “juntar um dinheirinho” para visita sua cidade natal, Guaratinga, na Bahia, onde também aproveitava as festividades do mês de junho na infância.

Acolhimento e autonomia

A UAI Capão da Imbuia é uma das unidades da FAS (Fundação de Ação Social) da Prefeitura de Curitiba e acolhe até 16 mulheres em situação de vulnerabilidade e em algum grupo de risco para a covid-19. Muitas delas não mantêm vínculos familiares ou vieram ou estavam morando na rua. Na casa, recebem, além da moradia provisória, proteção integral, com acesso aos demais serviços da Prefeitura, como acompanhamento das equipes de Saúde.

A coordenadora do UAI Capão da Imbuia, Amanda Fischer Valera, explica que todas as acolhidas participam da rotina de cuidado da casa, estimulando o convívio familiar e comunitário em favor da autonomia de cada uma.

“Para cada uma delas, desenvolvemos um plano individual de preparação para terem um novo lugar para viver, sozinhas ou com a retomada de contato com familiares. Oferecemos atividades de organização financeira e preparamos o encaminhamento para o mercado de trabalho”, explica a coordenadora.

Entre as atividades socioeducativas promovidas pela equipe da casa estão programações culturais, de lazer e ocupacionais, estimulando interesses e vivências de cada uma, permitindo o desenvolvimento de aptidões e capacidades que aumentam a autoestima, contribuindo para vontade de projetar um futuro autônomo.


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