Hoje minha crônica é diferente das que já escrevi até então; vou falar um pouquinho do dom do acolhimento deste querido casal Luciana e Adauto. Essas “pessoinhas” receptivas, hospitaleiras, que sempre recebendo a “turma” com um sorriso no rosto para o churrasco do Adauto com total apoio da Lu e sempre que presente, com a inspeção do Júnior.
Toda família tem suas peculiaridades esta tem suas marcas especiais. Além do churrasco, tem a pescaria do Ademir, as crianças, as lojinhas, o vinho, as cervejadas, o “silêncio” do truco, o piscinão da Helena, a leitura do Humberto, enfim… Apesar da praia não ter feito parte da infância e nem da adolescência de muitos, tenho certeza que hoje todos amam e respeitam o litoral paranaense.
Não existe momento mais descontraído que um encontro em família. E ali, no “Cantinho do Churras”, na casa do Adauto e da Luciana não é diferente. É ainda melhor, muitas histórias, alegrias e risos compartilhados, as lembranças, os foras, as trocas de experiências é só alegria. Ninguém fica borrifando coisas ruins, mesmo porque cabe a nós dar um colorido especial em nossas vidas.
Quando as famílias se juntam no Cantinho do Churras é sempre um momento especial, onde a presença do inesquecível Sergio e suas gargalhadas também faziam parte do ambiente. Bonito de ver o Adauto com aquele avental rondando a churrasqueira e preparando aquelas carnes deliciosas, o pão de alho, a linguicinha, picanha, asinha, costela… enquanto isso Luciana, ladeada pelas titias, coordena o fogão e a mulherada desfila suas taças de vinho, “santinhas”, até a chegado do primeiro gole, depois ninguém pode com as “danadas”. Ali rolam altos papos permeados por gargalhadas, com os detalhes de quem gosta de falar das trocas de roupas, dos novos cabelos, estéticas, remédios, chás, receitinhas, religião, mas sempre sobre o olhar atento de alguém aqui, armada com suas canetas para deslizar e desenhar sua grafia no papel registrando tudo antes que possa fugir da memória…
E assim algumas verdades são ditas como alvo certo, atingindo até as mais quietinhas que acabam aderindo à rodinha, parece que uma força composta por energias positivas invade aquele ambiente; onde ninguém destila lamúrias é uma fonte inesgotável de felicidade.
Os homens no truco, ninguém segura, um fala mais alto que o outro, ou melhor “berra”, trucoo, seisss, noveee, papudo…enfim….
Isto é muito bom, pois hoje as redes sociais já dominam as pessoas, com praticamente toda comunicação através do WhatsApp, nada mais saudável que essas reuniões, onde esquecemos um pouco esse mundo virtual e cravamos uma outra realidade onde tudo é festa.
Obrigada Luciana e Adauto por permitir que nos encontramos e nos divertimos juntos em sua casa, nossa visão de mundo às vezes é tão pequena que não damos conta da grandeza que é a família, a nossa família.
Esperamos que assim que passar esta pandemia voltamos a nos encontrar e relembrar dos bons momentos.

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