Ainda tensos, já podemos antever um conforto geral com a chegada da vacina, com campanha ainda muito aquém dos grandes momentos de vacinação da Nação com o fantástico exemplo do Zé Gotinha. Dizem que não quiseram usar a tradição, mas na verdade, acho que o Zé Gotinha está com vergonha da morosidade de nossas autoridades sanitárias e resolveu não aparecer. Mas voltando a seriedade do momento, vemos com alento uma certa tolerância do presidente que tem minimizado suas provocações e gracejos contra este mal que nos atinge de frente e que ele continua ridicularizando. Ridícula atitude ridícula. No outro extremo, a assustadora e concentrada cobertura jornalística da grande mídia nacional extrapolou. Foi além do alerta necessário, usando sua audiência, esta poderosa arma, para ampliar o medo e a sensação de nossa incapacidade de reagir a este mal, sensacionalizando, como espetáculo, a dura realidade que poderia ser lamentada mas nunca espetacularizada desta maneira tão vil e insensível. Todos usaram deste artifício em busca da audiência sob a liderança da maior e mais poderosa rede nacional. A Globo, um conglomerado de mídia que vai muito além do veículo mais visível que é a tv. Mas o alívio maior está chegando com esta certeza da presença da vacina. Chegando devagar, mas está aí. Com ela a esperança de retomarmos a normalidade, voltando às ruas e ao trabalho de maneira geral, para corrermos em busca dos prejuízos causados pela pandemia. As vidas perdidas, estas não temos como recuperar. Então, que seu sacrifício sirva de exemplo e de lição para nos prepararmos melhor para a eventual necessidade de enfrentarmos outras surpresas pela frente. Para isto temos de prosseguir na cobrança de necessidade de melhores escolas, professores preparados e governantes comprometidos com a educação.
Alívio
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Autor:Humberto Schvabe