Aristeu se encontrava acabrunhado e até mesmo um tanto depressivo. Sempre com aquele desejo incontrolável pela bebida, foi também viciado em “boteco”, noitadas, um verdadeiro boêmio, sujeito assim ”tipo” ardiloso… Assim foi até seus 60 anos. A primeira vista, quem não o conhece pode até pensar que é um “bon vivant”, sem objetivos, ideais ou mesmo compromissos maiores em sua vida. Só que isto fica bem longe da realidade e da verdade, pois mesmo com esta maneira tranquila ele é uma pessoa bastante coerente, equilibrada, pé no chão e com uma responsabilidade que pode até mesmo pecar pelo exagero, nunca pela omissão. Mas o relato vai mesmo para o problema que ele enfrentou: uma crise de pânico! Toda sua racionalidade, sua inteligência e, esta dificuldade diária, na busca de administrar sua vida, encontrar caminhos para superar a doença que a cada dia o assustava mais e o conduzia ao ócio. Nada voltava ao “normal”; nem o trabalho… A vida mais parecia um impeditivo que um caminho a ser percorrido na busca da realização pessoal que pensava já ter conquistado. Mas, sua personalidade forte e sua vontade de encontrar uma saída o mantiveram na luta. Mesmo fraquejando algumas vezes, nunca desistiu de procurar caminhos e ajuda: igreja, família, amigos e a felicidade, mesmo que para isso tivesse de sair “tateando no escuro”. E foi com esta sua visão de mundo e sua maneira de se portar diante dos problemas que Aristeu não aceitou ser dominado pela doença, foi enfrentado os desafios, novos desafios, estranhos desafios e invisíveis desafios. O dia chegou: sua ideia clareia, a mente se ilumina e como num passo de mágica, ele acorda para uma nova realidade: “chega de procrastinar”. Entendeu sua capacidade de encarar a vida de frente, sua capacidade de decidir seu caminho, fazer do seu viver, do seu exemplo, um grande exemplo, e um aliado para conseguir esta “tal felicidade”. Voltou a se dedicar com mais persistência e afinco ao trabalho; foi-se afastando dos “botecos”, da boêmia, passou a ficar mais na companhia dos familiares e amigos saudáveis, da sua fé e do trabalho. A “magia” daqueles momentos saudáveis que estão fazendo seus frutos. Mas o caminhar mais ameno e o gosto pelo aconchego de seu lar está cada dia mais palatável neste seu seguir na direção da esperança e de melhorar ainda mais. Consciente de que seus atos magoaram alguns mais próximos vem aprendendo a criar uma paciência especial para reconquistar confianças. O calor humano, a compreensão, a paciência, estão voltando e aos poucos substituindo os vícios e a doença que tanto maltratou. Assim caminha, com seu potencial e seu novo olhar, na busca do “ponto de equilíbrio” para chegar ao mais importante: deixar mais claro ainda para quem os ama que está vencendo. Aristeu transformou suas derrotas em desafios, acreditou no impossível e enxergou o peso dos problemas. Para seu crescimento, toda negatividade, transformou em superação, defeitos em perfeição e neste refletir: com garra e determinação segue em frente. Seu vício, uma doença, pode continuar presente, mas seu novo olhar e agir fazem com que, mesmo enfermo, encontre forças para retomar a vida social, seus sonhos e suas esperanças. Hoje Aristeu vive normal, graças a mudança que teve que fazer em sua vida e encontrou um caminho para a tão procurada e sonhada “FELICIDADE”.
Em Busca da Felicidade
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Autor:Humberto Schvabe