Como todos sabemos o alcoolismo é uma DOENÇA CRÔNICA, com aspectos comportamen-tais e socioeconômicos, caracterizado pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna tolerante á bebida e desenvolve sinais e sintomas de abstinência (ansiedade, fadiga, depressões, alucinações e outras) quando é retirada. Ocorrem por fatores genéticos, pelo ambiente em que se vive, com forte ocorrência quando há pais alcoólatras. O álcool ultrapas-sa a barreira protetora que separa o sangue do tecido cerebral, e poucos minutos depois de um drinque, gole no jargão dos usuários/bar, sua concentração no líquido que banha o cére-bro já está no mesmo nível da circulação, 50 mg/dl a 100mg/dl são suficientes para provocar os sintomas da intoxicação, euforia, perda do comportamento social, comportamento inade-quado e emotividade exagerada coma, entre outros. Sua principal, e pior, característica é a negação de sua existência por parte do usuário, raros reconhecem o uso abusivo, passo con-siderado essencial para se livrar da dependência, se é que consegue. Poucos sabem e os es-tudos demonstram que o metabolismo do álcool nas mulheres não é igual ao dos homens, com o mesmo tanto a mulher apresenta níveis alcoólicos mais elevados no sangue, a explica-ção pode ser pelo fato de que há uma maior proporção de tecido gorduroso no corpo das mulheres, entre várias outras, por isso mesmo, conforme estudos, as mulheres correm mais riscos de desenvolver doenças hepáticas, cirrose e demais consequências. Problemas familia-res são mais comum entre as mulheres que abusam de álcool e no homem os maiores pro-blemas legais são relacionados com o seu trabalho, o que explica o farto das mesmas se tor-narem mais sujeitas a agressão físicas. Mas, é sabido que o alcoolismo no trabalho, nos dias de hoje, não é motivo de Justa Causa a demissões, e que as empresas, são obrigadas a patro-cinarem cursos de readaptação/reabilitação ao doente contumaz, com apoio clínico e psicoló-gico. Embora digam que não há cura aos dependentes, com certeza essa afirmativa não é correta. Basta a mesma ser vista como uma doença, e passe o usuário a usar remédios no âmbito da medicina convencional, e PRINCIPALMENTE a participação de familiares e amigos próximos, bem como os diversos grupos de auto-ajuda, tão importantes na missão. Por isso, você, mãe, irmãos, irmãs, esposa, companheira, de usuários de álcool, mudem seu discurso, pois o usuário de hoje, pode ter ficado dessa forma, quem sabe depois que passou a conhece-los melhor, no caso de esposas e companheiras a conviver, e que, muitas vezes não foi compreendido, menosprezado, e em festas motivo de chacota, mesmo sendo a pessoa “mais” engraçada. Lembrem-se, somos frutos de nossas convivências, de nosso dia-dia, já dizia o “poeta” ….eu não mudei, apenas te conheci. A todos, um mês de realizações, muito trabalho, paciência e lealdade.
Alcoolismo no trabalho e em Mulheres
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Autor:Humberto Schvabe