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Novembro Azul: prevenção também vale para pets

Embora a incidência de casos seja baixa, a prevenção, o diagnóstico precoce e a manipulação veterinária na dose certa são importantes aliados para o sucesso do tratamento das neoplasias prostáticas, que podem apresentar comportamento agressivo e rápida evolução

Novembro azul, como se sabe, também é o mês da campanha de conscientização e prevenção contra o câncer de próstata, mas, não são só os humanos que precisam passar por exames preventivos. A campanha de conscientização também é válida para os pets, já que atinge cães e gatos, como alerta a DrogaVET, rede especializada na manipulação de medicamentos veterinários, indicando quais são seus principais sintomas, tratamentos e prevenção.

Bruno Tammenhain, veterinário parceiro da DrogaVET, informa que apesar da incidência de casos ser baixa em pets, as neoplasias prostáticas podem apresentar comportamento agressivo e de rápida evolução, além disso, é uma doença que acomete mais os cães do que os gatos, principalmente os que têm idade acima dos oito anos. “O tumor apresenta grau de malignidade agressiva e de rápida evolução em cães, causando metástases, ou seja, afetando vários outros órgãos como linfonodos regionais, pulmões e ossos", informa o especialista. Em razão disso, os tutores precisam se atentar aos primeiros sintomas, como os relacionados ao trato urinário. “Um alerta importante é prestar atenção ao comportamento do animal, observando se ele tem dificuldade para urinar, incontinência urinária, sangue na urina ou, ainda, dificuldade para defecar, além de dor, perda de peso, apatia e até dificuldade de locomoção”, orienta Dr. Bruno.Adicionalmente, o especialista informa que, ao contrário do que acontece nos homens, o câncer prostático em cães parece não ser hormônio-dependente, ou seja, acomete com maior ou menor frequência cães que sejam castrados ou não. “Porém, a castração sempre é indicada para diminuir o risco de doenças prostáticas, sendo elas neoplásicas ou não”, indica o veterinário.De maneira geral, a principal recomendação do especialista é para que os tutores levem o animal periodicamente ao médico veterinário. “O diagnóstico é simples e rápido, iniciando pela avaliação clínica do profissional. Por meio de uma palpação prostática já é possível evidenciar alterações anatômicas do órgão”, explica Dr. Bruno, alertando também que o diagnóstico tardio diminui consideravelmente as chances de sobrevida do paciente em razão da rápida evolução da doença. Havendo indícios de que há alterações, o médico veterinário poderá solicitar exames para diagnosticar a doença e o tamanho do tumor. “Normalmente são solicitados alguns exames de imagem como ecografia, radiografia abdominais e tomografia computadorizada. Em alguns casos, é solicitada também uma biopsia e análise histopatalógica para confirmação do diagnóstico”, complementa o especialista.

Medicamentos manipulados e polivitamínicos auxiliam no tratamento

Existem vários tipos de tratamento para as neoplasias, porém quando há indícios de metástase, estancar a evolução é mais difícil. “A cirurgia e a radioterapia estão entre os tratamentos indicados que podem trazer benefícios e sobrevida. Por se tratar de uma doença agressiva e sistêmica, um aspecto importante do tratamento é a terapia de suporte, com a prescrição de polivitamínicos, anti-inflamatórios, estimulantes do apetite e analgésicos, já que o pet pode ficar debilitado e com falta de apetite”, informa Dr. Bruno.Segundo a farmacêutica da DrogaVET, Thereza Denes, a manipulação de medicamentos, como terapia adjuvante no tratamento do câncer, visando o controle da doença e uma maior sobrevida dos pets, proporciona maior economia e eficácia do tratamento, pois oferece a dose certa para cada animal.

A manipulação é feita na forma mais indicada para cada pet. Por exemplo, para gatos, pode ser em pasta oral, que aplicada na patinha é absorvida pelo animal ao lambê-la, ou, ainda, em filme oral, que derrete ao ser colocado em contato com a língua do pet. Já para os cães, existem as opções dos biscoitos medicamentosos e as caldas e molhos, todos produzidos no sabor que o pet mais gosta: abacaxi, frutas vermelhas, salmão, picanha, bacon, entre outras”, ressalta a Thereza.

Ainda segundo a farmacêutica, como a falta de apetite é um sintoma comum em pacientes debilitados por essa doença, a utilização de medicamentos palatáveis ajuda a tornar o tratamento menos estressante e mais eficaz, à medida que o composto é feito no sabor preferido e na dose certa para cada animal e ainda sem desperdício.


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