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Compaixão e liderança: uma dupla poderosa?
A importância da compaixão na liderança
Gerenciar uma equipe pode parecer que requer uma postura dura e implacável para alcançar o sucesso. No entanto, se você se considera um líder e percebe que ninguém está te seguindo, é hora de repensar sua abordagem. Um dos melhores indicadores de eficiência da sua liderança é a memória dos seus colaboradores e gerentes. Se eles são capazes de lembrar de você como um dos melhores líderes com quem já trabalharam, isso indica que sua performance está no caminho certo. E é nesse ponto que a compaixão entra em cena.
Embora a competência estratégica seja importante para liderar uma equipe, é essencial compreender as emoções dos outros para que haja uma comunicação eficaz. A liderança sempre foi relacionada à postura forte, à capacidade de agir sob pressão e à resiliência para superar os desafios do dia a dia. No entanto, essas mesmas características podem se transformar em vulnerabilidades. Muitas vezes, o excesso de determinação pode fazer com que os líderes se esqueçam de que nem todos são tão fortes e resistentes quanto eles. O modelo de gestão implacável, a mentalidade de que o sucesso significa trabalhar duro e a crença de que as pessoas são responsáveis por suas próprias fraquezas podem afetar negativamente o ambiente de trabalho, tornando o líder incapaz de se relacionar com empatia com seus funcionários. Para alcançar a alta produtividade, é necessário que os liderados estejam motivados, e isso só é possível quando eles se sentem conectados com seus líderes.
Felizmente, a compaixão tem ganhado espaço no modo de liderar moderno e se mostrado uma excelente ferramenta para potencializar as competências do time. A autoconsciência do gestor aumenta as chances de ele próprio alcançar a excelência e capacitar a organização sob seu comando a fazer o mesmo. A empatia requer um esforço extra para ser gentil, mas é essencial para construir uma cultura baseada em conexões emocionais. Os líderes que desejam se tornar mais compassivos devem caminhar pela ponte até onde a outra pessoa está, tentar enxergar o mundo pela perspectiva dela e ajudá-la a colocar para fora todo o seu potencial. Mostrar vulnerabilidades é uma boa oportunidade para criar vínculos e experiências memoráveis para os colaboradores. A expressão de sentimentos pelos executivos gera nos funcionários sentimentos como pertencimento, tranquilidade e coragem nos momentos de instabilidade.
A compaixão na liderança tem sido abordada em diversos estudos, que mostram que o cultivo da compaixão pelos outros nos torna mais resilientes. A ajuda a outras pessoas que estão com dificuldade em algo permite que todos os envolvidos lidem melhor com o estresse. A esperança e o otimismo também desempenham um papel essencial para o desenvolvimento da resiliência. Esses sentimentos ajudam a lidar melhor com o estresse e o trauma, o que é muito importante em tempos de incerteza.
A cultura de uma organização começa com o seu líder, e a necessidade de compaixão pode se tornar uma herança. A postura compassiva de uma gestão impulsiona um ambiente de trabalho ético e altamente produtivo, porque as pessoas se sentem ouvidas. A conquista de bons resultados em qualquer empresa começa pela cultura implementada pelos líderes. Por mais eficiente que seja a gestão, não há como sustentar um alto nível de desempenho sem funcionários esperançosos e confiantes. A compaixão na liderança vive um momento de protagonismo no cenário empresarial. Saber trabalhar esse quesito leva, inevitavelmente, ao alinhamento de mentalidades e ao sentimento de que cada peça tem o seu valor.
Em resumo, a compaixão na liderança é fundamental para construir uma cultura sólida e humanizada. A empatia é crucial para alcançar os melhores resultados em tempos de incerteza. É preciso que os líderes sejam capazes de ouvir e absorver os pontos de vista dos colaboradores, entender suas emoções e ajudá-los a lidar com o estresse e o trauma. A compaixão é um dos principais elementos desse processo e não pode mais ser deixada de lado. É hora de pensar sobre qual legado você quer deixar para seus funcionários e se sua postura é inspiradora o suficiente para fazer seus olhos brilharem.
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Atualizado em:
Autor:Humberto Schvabe