Com a chegada da pandemia da COVID-19, todos fomos obrigados a nos isolar em nossas casas para evitar a proliferação do vírus e conter o aumento de casos. Esse cenário trouxe uma grande necessidade de adaptação para que a vida não entrasse em estagnação, e muitas empresas foram forçadas a fechar seus escritórios e levar suas operações para dentro de casa. Assim, surgiu a urgência da adaptação ao trabalho remoto por todos aqueles que podiam optar por essa modalidade. Apesar de terem surgido diversas discussões sobre o modelo de trabalho home office, com pontos de vista positivos e negativos vindos de funcionários e empregadores, muitos já entendem o trabalho de casa como uma opção melhor que o escritório. Portanto, além da preocupação com a saúde dos funcionários para um eventual retorno, o modelo das operações, daqui para frente, também precisa ser repensado. Um assunto em pauta nos conselhos das empresas é se o retorno ao trabalho presencial realmente acontecerá. Caso aconteça, como implementar um modelo que beneficie tanto a empresa quanto o bem-estar dos funcionários? Na história dos trabalhos em escritórios ao redor do mundo, tivemos vários momentos que exigiram adaptação dos funcionários. Podemos citar, por exemplo, a inserção da máquina de escrever, dos telefones, do fax, do pager e do computador pessoal. Houve rejeição inicial de alguns, satisfação de outros e, aos poucos, essas mudanças foram ganhando cada vez mais espaço, pois apresentaram maiores facilidades e melhores resultados para os negócios e para os empregados. De acordo com uma matéria da Harvard Business Review sobre a história do escritório moderno, em 2013, 2,5% dos trabalhadores desempenhavam suas funções remotamente. Entretanto, a adaptação não foi satisfatória e grandes empresas, como Yahoo, Bank of America e IBM, trouxeram seus colaboradores de volta aos escritórios. Sendo assim, o questionamento que fica é o seguinte: por que, dessa vez, tantos dizem que o home office tem funcionado melhor que nos espaços físicos das empresas? Teria chegado a hora de abandonar de vez os escritórios? No início do isolamento social, tornou-se evidente que seria necessário um grande movimento de adaptação a um novo modelo de trabalho, adotado por 46% das empresas brasileiras durante a pandemia. Isso veio, também, como um experimento para as corporações em conduzir a produtividade dos seus funcionários à distância. Muitos acharam o movimento extremamente interessante por causa da flexibilidade. Por outro lado, existem aqueles que não se sentiram confortáveis com a mudança. Pesquisas indicam que a adaptação ao home office tem ganhado cada vez mais força. A Microsoft fez uma análise dos dados de seus funcionários em trabalho remoto nos últimos meses e declarou que a operação não só tem funcionado bem como os profissionais têm trabalhado e aproveitado formas inovadoras de alcançar o sucesso atualmente. Na Europa, foi feita uma pesquisa pela YouGov que entrevistou mais de 6 mil pessoas em todo o Reino Unido, Alemanha, França e Holanda. Ela indicou que apenas 29% dos trabalhadores em home office pesquisados desejam, hoje, voltar para o escritório. Apesar de a história estar repleta de experiências frustradas de tentativas de adaptação ao trabalho remoto, dessa vez, tem sido um movimento de força. Agora, além de termos tecnologias facilitadoras mais acessíveis, todos os funcionários das organizações que optaram pelo home office tiveram que fazê-lo em conjunto. O experimento não diferenciou setores, funções, nem áreas. Foi necessária uma adaptação geral, inesperada e colaborativa. Diante da imprevisibilidade do retorno aos escritórios, que depende de decisões governamentais, médicas, entre outras, para prezar pela segurança de todos, a adaptação ao home office tem trazido resultados muito positivos. À medida em que as atividades forem retornando ao presencial, muitas das dores de quem foi obrigado a se adaptar ao trabalho remoto podem ser amenizadas. É o caso, por exemplo, de pais com dificuldades com a educação dos filhos com o retorno das escolas. Sendo assim, tudo indica que há caminhos promissores pela frente. É possível abraçar a transformação digital e flexibilizar a forma de trabalhar como conhecemos até hoje para um maior bem-estar, sem perder em produtividade. O futuro é inovador e, apesar de desafiador, é a mãe de grandes oportunidades.

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