Abrir capital na Bolsa de Valores é um grande passo para uma empresa. Isso significa que a organização é bem-sucedida no mercado, mas o processo para iniciar a venda de ações requer planejamento e cautela para não prejudicar a credibilidade do negócio. Recentemente, a Uber e a WeWork passaram por dificuldades após tornarem suas ações públicas, devido a uma precipitação no processo. Os IPOs bem-sucedidos estão relacionados a um bom planejamento, que inclui paciência para entender qual é o melhor momento para vender as ações de forma segura. Ignorar esses fatores pode ter um alto custo para a empresa, resultando em consequências negativas para a marca e executivos e funcionários.
As empresas que optam pela abertura do capital passam por um rigoroso filtro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), devendo cumprir todas as exigências estabelecidas pelo órgão. Por isso, é necessário construir um planejamento sólido que comprove que a organização está preparada para vender suas ações na Bolsa de Valores com o mínimo de impacto em suas atividades. Tudo isso requer muita paciência para não se apressar e cometer erros que possam prejudicar a imagem da companhia.
Antes de tudo, é importante analisar alguns fatores que indicam que a empresa tem condições de abrir IPO, tais como uma boa gestão do negócio, consolidação da marca no mercado, administração transparente e aceitação perante os consumidores. É necessário ter objetivos e um plano de negócios claro e contundente, além de montar um time especializado e preparado para o processo. É fundamental combinar a competência dos colaboradores internos com a experiência em capital aberto dos profissionais externos, ajudando a ter um bom relacionamento com os investidores e maior transparência nos processos.
O ano de 2019 foi excepcional para o mercado de IPO, com diversas empresas populares entrando no mercado público. As empresas que obtiveram sucesso não conseguiram isso de uma hora para outra, mas sim após estudarem o melhor momento para iniciar a venda de ações e se estruturarem para realizar essa transição. A Beyond Meat, por exemplo, triplicou sua receita após abrir o capital, e a Zoom Video Communication, que oferece serviços de conferência remota, teve um retorno de 139,8%.
A Uber e a WeWork são exemplos de startups de grande sucesso no mercado que tiveram dificuldades após abrirem o capital. A Uber mostrou ansiedade dos investidores com relação à liquidez do negócio, enquanto a WeWork enfrentou problemas em decorrência da falta de ética de seu CEO, Adam Neumann. É essencial que as empresas que vão solicitar IPO em breve aprendam com esses casos.
Em 2020, novas empresas devem solicitar IPO, mas com muito cuidado para não repetir os erros de outras companhias. A Airbnb, startup que se transformou em uma plataforma global de reservas de viagens, é um dos negócios mais esperados a abrir capital neste ano. A Wish, plataforma de e-commerce que vende objetos sem marca e com descontos, e a Credit Karma, startup financeira que oferece relatórios de crédito online gratuitos, também são candidatas a entrar no mercado público.
Em resumo, os IPOs bem-sucedidos estão alicerçados em um planejamento aprofundado, que compreende desde os aspectos internos até os fatores externos que podem impactar a venda de ações da empresa. Somente com paciência, ética, transparência e uma boa gestão é possível alavancar a valorização da marca no mercado. Nesse sentido, aprender com os casos de sucesso e fracasso é essencial para que as empresas obtenham êxito ao abrir o capital.
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Humberto Schvabe
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