A privacidade digital em 2019 e o que esperar em 2020

O ano de 2019 foi marcado por grandes desafios para os profissionais de marketing digital no que diz respeito à privacidade. A previsão, feita no final de 2018, de que as preocupações com a privacidade iriam crescer, foi confirmada ao longo deste ano. Dentre os desafios enfrentados pelos profissionais, podemos destacar a audiência, identificação, segmentação e acompanhamento.

Em um período de 12 meses, a privacidade teve um efeito profundo em várias áreas do marketing digital. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) ficou mais clara tanto na União Europeia quanto em outras partes do mundo. As multas começaram a ser aplicadas e equipes foram desgastadas para manter a conformidade, especialmente nas partes que precisavam obter o consentimento do consumidor para entrega de dados.

Os reguladores exigem ainda mais do mercado digital que transaciona em tempo real dados de consumidores. O Information Commissioner’s Office (ICO), responsável por implementar a LGPD no Reino Unido, publicou seu “Relatório de atualização sobre adtechs e lances em tempo real”, que descreveu as preocupações do ICO com a criação e o compartilhamento de dados pessoais que vêm de práticas de real-time bidding (RTB). O setor de tecnologia de anúncios tem até o final do ano para resolver alguns dos seus problemas e as repercussões desse mandato com certeza serão vistas em 2020.

Outro ponto que será sentido em 2020 é o crescimento da repressão no rastreamento que terceiros fazem por meio dos navegadores. Os Intelligent Tracking Protection (ITP) 2.0, 2.1 e 2.2 da Apple afetaram as habilidades dos anunciantes de segmentar e acompanhar as audiências em 2019 e isso aconteceu, já que alguns anunciantes decidiram tirar o investimento de mobile feito para o Safari e colocá-lo em anúncios dentro de aplicativos. Percebe-se que o Google também irá reforçar as configurações de privacidade do Chrome no próximo ano.

A privacidade digital atingiu seu auge em 2019, no entanto uma suposição ainda mais precisa é que os problemas com privacidade digital vão atingir seu auge no ano seguinte assim que o California Consumer Privacy Act (CCPA) for efetivado. Como aconteceu com a LGPD, muitos negócios não estarão preparados para o CCPA e vários outros ainda estarão lutando para se preparar graças aos encargos financeiros e de recursos que a regulação impõe.

De acordo com uma pesquisa da IAPP e da TrustArc feita com profissionais de todo mundo em outubro de 2019, 84% das companhias estadunidenses cumprem duas ou mais leis de privacidade e quase metade desse número cumpre com seis ou mais.

Conclusão:

Os desafios com a privacidade digital em 2019 foram muitos e a tendência é que em 2020 os problemas se agravem ainda mais com a efetivação do CCPA. É importante que os profissionais de marketing digital estejam atentos às mudanças e se preparem para manter a conformidade com as novas leis de privacidade. O mercado digital precisa estar preparado para lidar com essas questões e garantir a privacidade dos dados dos consumidores.

Este conteúdo é uma tradução e adaptação do texto originalmente produzido pelo eMarketer.

gazetadobairro.com.br

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