Super apps: a nova tendência do mercado de tecnologia
A criação do aplicativo multiuso WeChat na China abriu caminho para uma nova tendência no mercado de tecnologia: os super apps. Esses aplicativos disponibilizam diversos serviços usados no dia a dia dos usuários em um só lugar, proporcionando praticidade e economia de espaço nos smartphones.
Ainda que nenhuma empresa além do WeChat tenha chegado a esse patamar, a movimentação do mercado indica a intenção de outras empresas em atender um consumidor cada vez mais exigente e em busca de comodidade. A Amazon, por exemplo, anunciou recentemente movimentações na Índia que sugerem estar indo nessa direção.
Já na América Latina, o recente investimento de US$1 bilhão recebido pela Rappi aumenta a possibilidade de termos um case de super app em breve. Para entender melhor essa tendência, fizemos uma análise de mercado considerando investimentos feitos por algumas empresas rumo a esse objetivo. Veja a seguir o que levantamos no Brasil e no mercado internacional.
O que são super apps e por que eles estão em alta
Os super apps são aplicativos que disponibilizam diversos serviços usados no dia a dia em um só lugar. O conceito se iniciou com o WeChat, que conta com mais de 1 bilhão de usuários ativos por mês em 2018 e disponibiliza serviços de pagamento de contas, consultas médicas, pedir táxis, entre outros.
A praticidade trazida pela tecnologia e a economia de espaço nos smartphones são vantagens que os super apps podem trazer para o consumidor. Por isso, movimentações estão sendo feitas no Brasil e no mercado internacional para criar aplicativos similares ao WeChat.
Evolução dos super apps no mercado internacional
A Amazon anunciou recentemente a expansão de seus serviços na Índia com o lançamento de um sistema de compra de voos domésticos. Com esse passo, a plataforma agora permite aos usuários indianos a execução de pagamentos, contas de serviços públicos, recarga de planos telefônicos e compra de voos domésticos, além da compra de produtos.
Além disso, a compra da Tapzo, um aplicativo que agrega mais de 35 outros apps em um só lugar, indica que a empresa está cada vez mais próxima de estabelecer o modelo de super apps em mercados emergentes. A Índia se tornou um mercado promissor para esse tipo de estratégia, já que a grande parte dos usuários utiliza a internet móvel e smartphones de baixo custo.
Outra empresa que está apostando nessa estratégia é o Facebook. Através do app do Facebook Messenger, a empresa já oferece serviços que fogem apenas da proposta inicial de rede social/chat para seus 2 bilhões de usuários mensais ativos ao redor do mundo.
Super apps no Brasil
A colombiana Rappi é a empresa que está mais próxima de um modelo de super app no Brasil. Através do seu aplicativo, a startup permite pedir comidas, utilizar patinetes elétricos, contratar profissionais, entre outros serviços.
O investimento de 1 bilhão de dólares recebido pela Rappi do conglomerado japonês Softbank e a parceria com a Housi para busca de imóveis mobiliados para aluguel temporário são exemplos de como a empresa está caminhando em direção ao modelo de super app.
Ainda assim, existem desafios para implementar esse processo no Brasil, como a cultura do app multiuso para o próprio cliente e a adesão do e-commerce no país, que ainda representa apenas 5% da venda do varejo.
Outras empresas como a Magazine Luiza e o Nubank também estão mostrando interesse em seguir essa tendência. Para elas, o principal desafio é a legislação brasileira, principalmente no que diz respeito ao open banking.
Conclusão
Os super apps são a nova tendência do mercado de tecnologia, trazendo praticidade e economia de espaço nos smartphones para os usuários. Empresas como a Amazon, Facebook, Rappi, Magazine Luiza e Nubank estão apostando nessa estratégia para atender um consumidor cada vez mais exigente e em busca de comodidade. Ainda há desafios para implementar esse processo no Brasil, mas as movimentações indicam que essa tendência veio para ficar.
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Autor:
Humberto Schvabe
Humberto Schvabe