Prevenir é melhor do que remediar. Essa frase é frequentemente utilizada para alertar sobre como a prevenção pode evitar doenças. Mas, ela também se aplica à forma como instituições de saúde podem cortar custos e conduzir seus negócios. As campanhas de prevenção têm um impacto positivo tanto para a saúde quanto para os cofres das empresas envolvidas no sistema suplementar. Beneficiários de planos de saúde apresentam fatores de risco, tais como pressão alta, maus hábitos alimentares e baixa frequência de exercícios físicos, em incidência muito maior do que aqueles que não têm acesso aos convênios. Esses hábitos são preocupantes, já que são as principais causas de Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias. Os gastos dos planos de saúde com os tratamentos para esses beneficiários crescem, especialmente nos últimos anos de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças como câncer, diabetes, problemas cardiovasculares e pulmonares causam 41 milhões de mortes por ano no mundo — o que equivale a 70% de todos os falecimentos. Cerca de 70% dos gastos com planos de saúde e 89,2% dos custos com internação ocorrem no último ano de vida dos pacientes, de acordo com estudo do Centro Paulista de Economia da Saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O aumento dos gastos não acompanha o volume de consultas, já que foram 2,6 milhões a menos em 2017 na comparação com o ano anterior. Entretanto, houve aumento de 23% nos gastos. Com o envelhecimento da população e a tendência de que idosos usem mais os planos de saúde, esses gastos tendem a crescer ainda mais nos próximos anos. A realização de campanhas de prevenção é um dos caminhos claros para que as despesas das operadoras não cresçam de tal forma que estrangulem o sistema de saúde. A simples orientação dos usuários de planos de saúde a manter hábitos mais saudáveis, como cuidados com alimentação e a prática frequente de exercícios físicos, tende a diminuir a incidência de doenças crônicas, levando à diminuição de custos. As instituições de saúde devem utilizar os recursos que têm em mãos para incentivar seus clientes a serem mais saudáveis. Algumas das alternativas para a realização de campanhas de prevenção envolvem o uso de e-mail marketing, ações em redes sociais e a criação de programas de fidelidade para beneficiários que adotem hábitos mais saudáveis. Portanto, é importante que as instituições de saúde se conscientizem da importância da prevenção e invistam em programas que estimulem seus clientes a adotarem hábitos saudáveis, evitando assim, gastos desnecessários com tratamentos de doenças crônicas.

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