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Parte 10 – E os Brasileiros?

Embora o gênero dos super-heróis americanos seja um dos maiores fenômenos comerciais da indústria de quadrinhos no mundo, e bem difundida através do planeta, o crédito dado pelo público leitor em geral para personagens de suas próprias praças não alcança o sucesso dos justiceiros americanos. Algumas tentativas de produção própria, seja por franqueados ou divisões locais das publicadoras americanas foram feitas na Europa, Ásia e até no Brasil, mas sempre sobre versões dos personagens americanos, ou até plágios. O Brasil teve seus próprios super-heróis, o pioneiro dessa empreitada foi o Capitão Sete, personagem criado para um seriado do canal de televisão Record em 1954, e que teve sua versão em quadrinhos. O super-brasileiro de maior reconhecimento até hoje foi Raio Negro, um oficial da aeronáutica com poderes semelhantes ao Lanterna Verde, produzido por Gedeone Malagola, que também produziu HQs nacionais dos mutantes X-Men da Marvel. Uma infinidade de heróis nacionais e de todos os temas (florestas, cidades, erótico, música,...) foi criada, Homem-Lua, Fikom, Gato, Velta, Judoka, Escorpião, Necronauta, Cometa,... Mesmo um gênero popular no Brasil, os super-heróis nacionais não ganharam a preferência dos leitores, nem por isso deixaram de figurar em corações e outras mídias. O exemplo mais recente é a superprodução O Doutrinador, um justiceiro prestes a estrelar nos cinemas a partir do próximo mês.

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