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Parte 6 - a Era de Prata

Com o término da Segunda Guerra o gênero super-herói entrou em crise nos quadrinhos. Os leitores perderam abruptamente o interesse pelos personagens e os editores viram suas vendas despencarem. Apenas os personagens mais populares (Super-Homem e Batman) continuaram a ser publicados. A saída foi buscar novos gêneros como romance, policial e terror. Esses novos gêneros foram explorados na época de caça às atividades anti-americanas do período marcatista, que junto com as infâmias do livro Seduction of the Innocent do psiquiatra Fredric Wertham, formaram um capítulo à parte da História dos quadrinhos, e culminou num código de autocensura pelos editores. Em 1956, na quarta edição da revista Showcase da DC Comics, foi apresentada a reformulação do cancelado personagem velocista da Era de Ouro Flash; agora com nova identidade, uniforme e enfoque mais voltado a ficção científica. Esta reciclagem do personagem num misto de nostalgia e novidade agradou ao público e a editora replicou a receita para vários outros de seus personagens. Novos heróis, vilões, parceiros mirins e equipes foram criados. Era o início da Era de Prata dos Quadrinhos americanos. Dessa vez os super-heróis voltaram para ficar de uma forma que nem a vigília sobre os comics evitou o estabelecimento definitivo do gênero. Os desdobramentos deste movimento causaram uma revolução poucos anos depois, como o leitor poderá descobrir na próxima edição.

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