Bons exemplos geram bons hábitos
Entre os hábitos de nós brasileiros, o tradicional “levar vantagem”, está sendo substituído para o “meus direitos”. Uma realidade inquestionável, um vício, onde esquecemos que estes “meus” direitos devem ser exigidos na mesma proporção do “os meus deveres”. Assim estarei respeitando os direitos dos demais cidadãos entendendo que não posso ficar levando vantagem em tudo. É no equilíbrio das relações que encontramos a balança para um convívio harmonioso. Veja os versos da página 10.
Ao olharmos para os grupos sociais e atividades em geral vamos encontrar profissões e atividades que são mais ou menos respeitadas, seja pelo status, pela simplicidade ou pela responsabilidade de cada função.
Entre estes vamos encontrar o funcionário público. Os de carreira, com funções específicas, em geral sobrecarregados de trabalho, convivem diariamente com exemplos de gente acomodada, desenvolvendo sua atividade de uma maneira automática, sem muita disposição, limitando-se ao estritamente necessário. Na mesma linha vamos encontrar também alguns com a responsabilidade dos cargos comissionados agindo como verdadeiros burocratas, quando não exageram se colocando a serviço de quem o indicou para o cargo.
Em seguida vem aquele grupo em busca do serviço público, sequioso dos “meus direitos”, não vê e nem quer ver se o funcionário pode ou não atender sua demanda, assim extrapola reclamando não ter sido bem atendido.
Pois bem amigos, aqui é que entra o “X” da questão; antes de exigir o bom atendimento é necessário agir racionalmente, sem chegar com a certeza de ser mal atendido, de que não adianta que ninguém atende. Que o 156 não funciona... etc.
Precisamos ser bem atendidos sim, mas para isto precisamos agir de boa fé, com educação. Se for mal atendido, aí sim posso reclamar.
Serei sempre mal atendido quando dirigir a alguém com a certeza de ser mal atendido, chegando de cara feia pronto para gritar: “eu já sabia, não adianta, ninguém atende direito mesmo”.
Acredite, todos somos humanos, assim como posso chegar pronto para reclamar, também posso me deparar com um servidor com um pé atrás. Não reaja a primeira impressão, chegando com bom humor, com educação, vou ser atendido com o devido respeito. Se for preciso de uma “certa” paciência, posso insistir com calma sendo racional e chamando seu interlocutor à racionalidade.
Talvez você esteja entre aqueles que rirão destas palavras. Não importa. Elas são dirigidas às pessoas de boa fé que acreditam no bem e nos bons exemplos.
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Autor:Humberto Schvabe