A tecnologia tem mudado a forma como nos comportamos e interagimos com o mundo ao nosso redor. Desde o momento em que acordamos, somos impactados por dispositivos eletrônicos que facilitam nossas atividades cotidianas. Mas, quando se trata do setor financeiro, ainda há muito espaço para inovação. Por que ainda precisamos ir até uma agência bancária para pagar um boleto em papel? Por que não podemos fazer isso pelo celular ou por cartão? A transformação digital é inevitável e qualquer organização que permanecer inerte está fadada ao fracasso.
O setor financeiro tem sido um dos mais resistentes à mudança, mas isso está mudando. Nos últimos anos, temos visto um investimento estrondoso em inovações bancárias, tendo alcançado um valor total de US$31 bilhões em 2017. Até mesmo a Amazon entrou no jogo. Mas o que isso significa para os bancos consolidados? Será que eles conseguem se reinventar ou será que é preciso uma verdadeira disrupção?
Algumas tendências se destacam no momento, grande parte advinda de uma sociedade em revolução que exige cada vez mais personalização, rapidez e sensibilidade. Uma delas é a aceleração da inteligência artificial, que tem revolucionado o mercado financeiro. Empresas como a Affirm usam a IA não só para reinventar a infraestrutura tecnológica do mercado de finanças, mas também para melhorar a vida dos consumidores com produtos transparentes e honestos, buscando alcançar a confiança de seus usuários.
Outra tendência é o crescimento das Regtechs, empresas que usam a tecnologia para gerar melhorias no mercado de compliance. Geralmente, envolvendo o potencial para o corte de custos, melhor experiência do cliente e aumento de receita. A IDwall é uma empresa brasileira de segurança digital que utiliza reconhecimento facial, validação de documentos e uma rede própria para fornecer soluções de cadastramento, facilitando e automatizando o processo de onboarding, prevenindo lavagem de dinheiro e evitando fraudes credenciais.
Além disso, veremos o crescimento de iniciativas de dentro dos próprios bancos, na tentativa de suprir a necessidade digital e permanecer no mercado. Como foi o caso do Bradesco, que lançou no ano passado seu banco digital, o Next. Com o objetivo de simplificar o gerenciamento do dinheiro, o Next usa algoritmos para compreender como o usuário interage com a plataforma e age como um gestor financeiro, auxiliando na tomada de decisões e organização do dinheiro.
Mas a transformação não se limita apenas às startups. Grandes corporações também podem se reinventar, como foi o caso do DBS, um dos bancos mais proeminentes da Ásia. O banco passou por uma transformação completa para colocar o digital no core da sua estratégia, reestruturando suas operações, construindo plataformas personalizadas e desenvolvendo uma nova experiência do cliente.
A transformação digital é um processo contínuo e sem fim à vista. Mas, uma coisa é certa: as empresas que não se adaptarem serão deixadas para trás. O setor financeiro tem muito a ganhar com a inovação e personalização, e as tendências apontam para um futuro cada vez mais digital e colaborativo. É hora de se adaptar ou morrer.
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Humberto Schvabe
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