Sexo pode fazer mal à saúde
A sociedade cria tabus e conceitos que vão se alterando ao longo dos tempos. Neste sentido, um dos aspectos mais discutidos, em especial dentro das diversas religiões ao redor do mundo é o sexo, ou mais precisamente o relacionamento sexual em todos os seus matizes.
Sexo só para reproduzir, sexo só no casamento, masturbação... Assim foram criados as chamados tabus. No outro extremo, pessoas se intitulando evoluídas, de mente aberta afirmam que o sexo é algo natural, divertido, gostoso e pronto.
Se falar sobre sexo assusta tanto as pessoas, masturbação pode levar à crises e críticas profundas. Assim como no sexo normal na masturbação também se pode chegar aos excessos.
Para os especialistas consultados pela Gazeta do Bairro, é importante observar a quantidade, a frequência e as maneiras como você leva sua vida sexual. O ato é importante, necessário e satisfatório, mas vale a pena tomar alguns cuidados para evitar problemas maiores e desvios que possam leva a pessoa a vícios que acabem sendo prejudiciais à saúde e até mesmo ao convívio social. Cada um deve identificar o seu limite.
O ato sexual pode se tornar uma compulsão indo de um hábito saudável à uma patologia e a prejuízos na vida social, na saúde, no emprego e até mesmo na condição financeira como alerta a psiquiatra Carmita Abdo. O compulsivo por sexo acaba obrigado a se organizar para saciar a libido. “Sem tratamento, não consegue mais trabalhar, não come, não dorme, a busca por parceiros toma conta da vida. Se um parceiro já não satisfaz, a pessoa vai atrás de outros e às vezes paga por sexo gastando todas as economias com sexo pago, perde a vida social e relacionamentos”, completa Carmita.
tPor fim é importante saber distinguir o desejo sexual da chamada compulsão. O compulsivo não tem controle sobre o que lhe passa pela mente, não controla os pensamentos. “Os desejos surgem impulsivamente. A pessoa vai atrás de comportar-se de modo a suprir estas necessidades. O paciente compulsivo por sexo dá vazão aos desejos sem questionar se são adequados socialmente ou individualmente”, alertam especialistas.
É o exemplo de outros vícios como drogas, jogo e álcool difíceis de combater, onde o grau de dependência pode ser identificado pela busca exagerada de pornografia, visita a prostíbulos. Assim como o dependente de drogas químicas não fica satisfeito com a inalação oral de drogas leves os viciados em sexo ou pornografia acabam perdendo a capacidade de estímulo um ato sexo normal. Em casos mais severos relacionar-se com parceiros “normais” passa a demasiado banal, sem condições de originar prazer, chegando até a originar uma disfunção erétil.
Assim como nas relações pessoais e sociais as relações sexuais podem extrapolar os limites da racionalidade e levar para caminhos perigosos. O equilíbrio racional das ações que a gente usa para conduzir a vida e as relações sociais devem ser também respeitadas nas relações sexuais com a busca da satisfação sexual dentro de limites onde a gente possa se sentir confortável, evitando riscos e danos à saúde física ou mental.
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Autor:Humberto Schvabe