Assim dizia o Mestre: “Se algum dentre vós quiser ser grande, seja o servidor de todos”
Ser grande! Quem não desejaria ter uma vida cheia de verdadeiras grandeza e abundância de tudo que faz a vida próspera e digna de ser vivida? Próspero na saúde, no conhecimento, no poder, na propriedade, no amor e na alegria?
Pois tudo é possível a qualquer pessoa, ao homem e a mulher, ao pobre e ao rico, ao sábio e ao ignorante, ao poderoso e ao humilde - todos podem ser grandes.
Essa verdadeira grandeza e felicidade não depende de circunstâncias externas, não pode ser frustrada pela adversidade da natureza nem pela perversidade dos homens - depende, em última análise de cada um de nós.
Quem o disse foi o único homem realmente grande e completamente feliz. E quando um homem desses fala, fala por experiência própria. E esse homem disse: “Se algum de vós quiser ser grande, seja servidor de todos”.
Se a grandeza dependesse de dominar, seria acessível a poucos, porque poucos podem dominar; mas, como depende do servir espontaneamente, todos podem alcançar essa grandeza, porque não existe um único homem sobre a face da Terra que não possa servir; por toda parte há abundante oportunidade para servir, e, no entanto, são poucos os homens realmente grandes, porque a maior parte não compreendeu ainda que a grandeza está em servir espontaneamente e jubilosamente. A imensa maioria faz depender a grandeza e felicidade de algo que não depende deles, como, por exemplo, o dominar. Querer servir depende inteiramente de mim, e de mais ninguém. Por isso, a verdadeira grandeza está nas minhas mãos, se eu quiser.
Todo homem que se esquece da sua felicidade pessoal a fim de tornar felizes os outros se torna verdadeiramente feliz.
Como se explica esse fato?
A constituição cósmica, ou seja, providência divina, está baseada na ideia da solidariedade universal. No vasto cenário do mundo, todo e maior - e nesta integração das partes no todo é que elas encontraram a sua realização e felicidade.
Querer servir - é este o segredo da força, grandeza e felicidade.
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Autor:Humberto Schvabe