Crédito barato ajuda a realizar sonho
Com financiamento de microcrédito da Fomento Paraná, a empreendedora Marlene Pires Pinto, de Engenheiro Beltrão, comprou três máquinas de costura e está realizando um antigo projeto de trabalhar com costura e artesanato.
A empreendedora Marlene Pires Pinto foi caixa de supermercado durante anos e reforçava o orçamento da família trabalhando com educação infantil. Chegando aos 50 anos, ela decidiu mudar de vida e matriculou-se em curso de Pedagogia. Para ajudar a pagar o curso, ela procurou um estágio e foi contratada pela prefeitura para ser contadora de histórias nas escolas municipais de Engenheiro Beltrão, município de 13 mil habitantes, localizado a 456 quilômetros da capital, na região central do estado.
Em uma certa manhã, a caminho do trabalho, ela passou na Prefeitura para verificar um carnê de IPTU e viu um banner da Fomento Paraná, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado, que oferece linhas de crédito de baixo custo para apoiar empreendedores de micro e pequeno porte.
“Os agentes de crédito explicaram como funcionava o financiamento e eu contei sobre o sonho de adquirir máquinas bordadeiras e colocar em prática um projeto de trabalhar com costura e artesanato”, conta Marlene, que na época usava o pouco tempo que restava para fazer costuras manuais, para ajudar a pagar a faculdade.
“No início fiquei em dúvida, pois não tinha nem CNPJ. Fiquei um pouco descrente. Imaginei que ia durar muito tempo, mas resolvi tentar”, lembra Marlene. Orientada pelos agentes Lucimara Grego e Marcelo Vieira, Marlene reuniu os documentos e apresentou um projeto. O crédito foi aprovado em uma semana.
Marlene foi a Maringá, onde comprou três máquinas: uma para costura reta, uma para patchwork e uma bordadeira eletrônica. “Era tudo o que eu precisava”, comemora. Com as novas máquinas, ampliou as opções de produtos. Passou a trabalhar com artesanato em tapetes, mantas e a bordar e montar enxovais para bebês. “Antes era pouca coisa. Hoje tenho o dobro de pedidos. E isso que não tenho muito tempo para bordar, porque trabalho como contadora de histórias em meio período”, explica.
Negócio em família - Quando foi comprar as máquinas, Marlene levou o filho de 10 anos junto. O garoto a auxiliou a entender a máquina computadorizada e hoje até ajuda no trabalho. “O primeiro bordado foi ele quem fez”, comenta ela.
Mais crédito nos municípios - Desde 2011, a Fomento Paraná já contratou mais de R$ 670 milhões em financiamentos para apoiar empreendedores de micro, pequeno e médio porte em todas as regiões do estado. São mais de 16 mil contratos firmados com empreendedores paranaenses.
“Apenas em Engenheiro Beltrão, são mais de 80 mil reais liberados em pouco mais de um ano. Esse dinheiro ajuda a movimentar a economia da cidade”, afirma Marcelo Vieira, que, além de agente da Fomento Paraná, atua também como Gestor da Secretaria Integrada da prefeitura do município.
Bom Negócio – Marlene pretende ampliar o empreendimento e, para isso, iniciou um curso de gestão empresarial do Bom Negócio Paraná. “Pretendo melhorar minhas habilidades e colocá-las em prática com este curso para que, em seguida, consiga aprimorar meu trabalho e torná-lo minha renda principal”.
O Programa Bom Negócio Paraná, instituído em 2012, oferece cursos de capacitação gerencial e consultorias gratuitas para micros e pequenos empresários, além de facilidades e até redução da taxa de juros no acesso às linhas de crédito da Fomento Paraná.
Modelo premiado - A Fomento Paraná, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Paraná, foi a vencedora da 10ª edição do “Prêmio Citi Melhores Microempreendimentos” na categoria Gestão Inovadora para Instituições de Microfinanças. O prêmio é patrocinado pela Citi Foundation, com apoio do Citibank, e realizado pela ONG Aliança Empreendedora.
Nesta edição foram premiados além de microempreendedores de sucesso, agentes de crédito engajados em suas funções e Instituições de Microfinanças (IMF) que se destacaram no desenvolvimento local e por gestão inovadora. Concorriam ao prêmio 549 microempreendedores e 17 instituições de microfinanças.
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Autor:Humberto Schvabe