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Curitibano tem casa própria como maior sonho

A compra da casa própria já nos próximos três anos é o sonho de um terço dos curitibanos. Este é o resultado de uma pesquisa encomendada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) no Paraná. Desde novembro do ano passado quando foi feita a mesma pesquisa, este total aumento de 10 para 35% A retomada do crescimento da economia, a confiança na manutenção do emprego e o aumento da renda, aliados ao crédito farto, ajudam a explicar a mudança nos números da pesquisa, segundo Marcos Kahtalian, consultor do Sinduscon. "Ninguém que tem medo de perder o emprego planeja comprar um imóvel. Esse receio desapareceu e as pessoas estão mais confiantes em fazer a compra", diz. A pesquisa ouviu 664 pessoas com renda mensal a partir de R$ 2,5 mil. Um total de 87% das pessoas entrevistadas pretende comprar o imóvel para morar. Outras 13% planejam investir no mercado de locação. No levantamento anterior, realizado em novembro do ano passado, um dado que havia chamado a atenção das empresas do setor era que 6% das pessoas ouvidas pretendiam revender. "Não era um número preocupante, mas apontava para uma tendência de especulação", diz Marcos Kahtalian, consultor do Sinduscon no Paraná. A maior parte dos curitibanos sonha em morar em casas e sobrados, com 65% da preferência. Para o consultor, no entanto, isso não quer dizer que na prática as compras estejam concentradas nesses dois segmentos. "Quando vê que essas oportunidades muitas vezes são mais caras ou estão localizadas em áreas mais afastadas, o cliente acaba optando pelo apartamento".O crédito imobiliário deve bater recorde, de acordo com projeções da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Ela espera que o volume financiado atinja R$ 50 bilhões em 2010, sendo R$ 30 bilhões em financiamentos a aquisições e R$ 20 bilhões destinados à construção de novos empreendimentos. O valor é 47% superior ao liberado em 2009, quando os financiamentos somaram R$ 34 bilhões. A Caixa Econômica Federal, líder do mercado no país, deve financiar R$ 2 bilhões em Curitiba, 42% mais do que no ano passado e nove vezes mais do que há cinco anos. Outros R$ 1 bilhão devem girar através de bancos privados. "Há uma maior disputa entre os bancos particulares, como Itaú, Bradesco, Santander e HSBC, que querem aumentar suas carteiras", afirma Normando Baú, sócio gerente da Baú Construtora.


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