- Pedro da Costa -
Originei-me de um gozo,Por isso sou gozado.O gozo de que fui gerado,Não era gozado.Era tragi-cômico.Ficou: come-não come.Goza não goza, gozou!Mas não houve gozo no gozo.Houve medo de ter gozado.Era um dia quase noite,Ou uma noite quase dia, sei lá!Já faz tempo – muito tempo.Naquele tempo não havia tempo.Eu o inventei, El EME capturou.Hoje quero livrar-me deleNão consigo – sou o tempo.Se perguntássemos aos gozadoresVocês gozariam para me gerar?Possivelmente me responderiam...Te geraria mas não gozariaPorque assim você não seria gozadorDo gozo que foi gozado.Quando nós gozamos, chamam-nos de gozadores,Mesmo que não tenhamos gozado.Afinal de contas, o que é gozado?E o que é gozador?
Eu sou o Ser (LUZ)Eu sou o Saber (VIDA)Eu sou o Gozar (AMOR)Eu sou o Ser – Saber – Gozar
Quem sabe goza.Quem não sabe,Mente que goza.Fica metido e gozadoÉ um ser trilógicoDois que gozaramE um, que aproveitou o gozo, e nasceu.Nasceu, portanto, de uma metidaE um gozo
Cé Fini