Arena Atletiba, é inviável
Considerada por Mario Celso Petraglia a única maneira de concluir o estádio e dar um impulso ao futebol paranaense, a Arena Atlétiba é inviável para dirigentes de Atlético e Coritiba. Nem tanto pela idéia em si vista pelos alviverdes como “interessante”. Mas, principalmente, pela dificuldade de unir, sob o mesmo teto, as duas torcidas rivais. Para ele, uma questão de sobrevivência. “Se não tiver alguma coisa realmente moderna, visionária, revolucionária, que una esforços, alavanque receitas, vamos voltar na proporção àquilo que sempre fomos: times de segunda lutando para ser time de primeira”, disse Petraglia. Fusão imobiliária que é rejeitada em sua totalidade pelos rubro-negros. O tema chega a ser tratado como piada por parte de conselheiros e sócios, conta o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Gláucio Geara.“É aquela velha história do Garrincha ao receber as instruções de jogo. ‘Combinaram com o adversário?’ Alguém se reuniu com o Coritiba? É utópico, pois descaracterizaria totalmente o futebol paranaense”. Além disso, de acordo com o dirigente, o Atlético não precisa da ajuda do co-irmão para a conclusão de sua casa. No Alto da Glória, as diferenças dos mais de 80 anos de rivalidade seriam o maior problema. “Acho interessante, mas vejo dificuldades sérias. As áreas onde estão o Couto Pereira e a Baixada são proibitivas para as duas torcidas”, afirma Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Conselho Administrativo alviverde. Porém, em um ponto os dois concordam com Petraglia: o futebol do estado precisa mudar.
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Autor:Humberto Schvabe