O milagre do consumo

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Jornalista Humberto Schvabe

Antigamente, os objetos de desejo do consumidor estavam em locais físicos para onde deveríamos nos dirigir a fim de escolher qual produto estávamos “necessitando”. Ali a gente buscava as opções do produto e preços e, raramente, era atraído por outro produto exposto como oferta.
Hoje, novos produtos e ofertas são apresentados a todo instante através do celular, do computador e outros meios, nos locais de trabalho e nos momentos de lazer. Surgem a cada mudança de página ou acesso a aplicativos, sites, e-mails.
Aparecem maravilhosos, garantindo satisfação imediata, prontos para serem adquiridos com um simples clic ou uma leve redirecionada de página. Chegam lindos e acompanhados de tantas facilidades irresistíveis, com a garantia e aval de brilhantes personalidades e famosos. E o melhor, sem a necessidade de pôr a mão no bolso e nem mesmo apresentar o cartão, pois seus dados já estão devidamente cadastrados, aguardando um simples movimento seu para que o mesmo seja entregue em sua casa ainda hoje ou no dia seguinte, oferecendo também o benefício de ficar disponível na loja mais próxima, onde basta se identificar e pegar o produto que está lá lhe aguardando.
Fácil. Fácil demais. Tão fácil que termino lembrando o velho ditado: “quando a esmola é demais, até o santo desconfia”.

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