Novo programa amplia cuidados com idosos durante a pandemia

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A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba lançou nesta quarta-feira (15/4) o programa Anjos da Saúde, uma iniciativa para ampliar os cuidados com idosos durante a pandemia do novo coronavírus. O programa envolve o reforço dos cuidados com a saúde e a prestação de serviços como realização de compras para os atendidos. 

A população idosa faz parte do grupo em que as complicações da covid-19 acontecem com maior frequência. 

“Curitiba cuida de seus idosos, e neste momento precisamos ter um olhar ainda mais atento a eles”, diz o prefeito Rafael Greca, idealizador do programa.

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Haverá ações destinadas a todos os idosos curitibanos, com estratégias voltadas para as necessidades de cada grupo. Desde o incentivo de aproximação familiar com o auxílio das tecnologias às atividades mais práticas. 

Entre os mais vulneráveis, estão os idosos que vivem em instituições de longa permanência, como asilos e casas de repouso.  A capital tem 127 dessas instituições, que acolhem cerca 2.300 pessoas. Todas devem participar da iniciativa.

As ações serão implementadas por meio de uma parceria que se iniciará com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Outras instituições de ensino superior também poderão vir a participar do programa.

“Curitiba é uma cidade longeva, temos quase 270 mil idosos e muitos deles não contam com apoio familiar”, diz a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak. “Essa iniciativa vai dar mais suporte para quem se encontra nesses locais e que nem sempre têm o apoio familiar que seria necessário.”  

Como vai funcionar

O programa vai funcionar por meio de uma tutoria, a ser exercida junto a idosos que não dispõem de rede de apoio familiar e que estejam em condições de saúde mais frágeis. 

Os tutores serão profissionais dos distritos sanitários e estudantes de medicina do último período, que acompanharão e orientarão os idosos durante visitas presenciais (cercadas de todos os cuidados de barreira antivírus) e contatos telefônicos e por meios eletrônicos, sempre que isso for possível. A periodicidade desse atendimento vai depender da necessidade de cada paciente. 

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Os tutores também poderão auxiliar na realização das compras e pagamento de contas, além de atender outras necessidades do dia a dia – evitando assim a circulação dessas pessoas do grupo de riscos em locais públicos.

Os idosos asilados ainda receberão monitoramento contínuo do quadro de saúde, que será feito pelos estudantes de cursos da área. Quando identificado qualquer início de sintomas respiratórios o tutor irá indicar a melhor intervenção para o caso.

A vigilância sanitária ainda irá orientar sobre adaptação do ambiente para os casos em que possa haver necessidade de isolamento de pessoa com sintomas gripais. Também haverá vídeos educativos para os cuidadores de idosos. População e empresários locais poderão fazer doações de alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal.

Envolvimento familiar

Uma campanha publicitária vai incentivar os familiares para o contato virtual com os parentes idosos que estão em isolamento social para reduzir o impacto psicológico do distanciamento familiar.

Segundo a secretária, o distanciamento físico para os mais vulneráveis é essencial, mas isso não significa distanciamento social daqueles que mais precisam. As tecnologias devem ser usadas como grande aliadas e sem moderação para garantir a proximidade afetiva.

“Precisamos, mais que tudo, de demonstração de afeto e carinho para minimizar as tensões e incertezas dessa fase”, comentou a secretária.

O programa também prevê estimular o envolvimento familiar no cuidado dos idosos. Seus familiares serão incentivados ao acolhimento temporário desses parentes, quando houver condição segura para recebê-los em casa. 

A medida visa diminuir o fluxo de pessoas idosas no mesmo espaço.

jm seg-gazeta-do-bairro

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