UPA Pinheirinho não vai fechar

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“Não sou o Rafael que fecha UPAs”. Com este argumento, após protestos e muita reclamação da comunidade, o prefeito veio especialmente ao Pinheirinho, onde diante da Unidade 24 horas, ao lado da secretária municipal da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak anunciou, dando sua resposta à comunidade.
Falando à imprensa ao lado do vereador Tico Kuzma e de Márcia, Greca afirmou que a decisão foi tomada logo pela manhã, durante suas orações. “Hoje de manhã eu pensei: eu não sou o Rafael que fecha UPAs, sou o Rafael que abre UPAs, então eu voltei atrás. O verdadeiro líder vai atrás do seu povo”, disse.
No entanto vai ser mantida a decisão de fechar a unidade para uma reforma de 25 dias entre os meses de novembro e dezembro, só que sem mudar para outro uso.
A secretária municipal da Saúde também falou aos presentes em frente a UPA, lembrando que ele precisa de melhorias para possibilitar a continuidade de bom serviço para a população: “Embora a gente precise desse centro de estabilização, vamos manter a UPA, reformar e buscar outro espaço para a unidade psiquiátrica. Nossa decisão inicial tinha como base a necessidade da população, já que são vários pacientes psiquiátricos que necessitam desse atendimento em Curitiba. Consultamos o Conselho Municipal de Saúde e tivemos a aprovação, mas a população pediu para manter, então agora vamos buscar essa alternativa”.
A reação da comunidade
Conforme matéria da Gazeta do Bairro, na terça-feira, e ontem moradores do Pinheirinho e região protestaram contra o fechamento da UPA.
Várias associações de moradores, servidores públicos municipais, representantes do Conselho distrital de saúde do bairro Pinheirinho, usuários, empresários e outras entidades representativas da região participaram do protesto em frente à UPA.
Entre os presentes se destacaram pessoas com a presidenta da associação de moradores Vila Parque Industrial, Neoli Aparecida, que defendeu a existência de demanda, comprovada pelas filas, comuns na unidade. João Eleonor, integrante do Conselho distrital de Saúde, reclamou da falta de diálogo “Tivemos uma reunião aqui na UPA, a qual temos mensalmente, para discutir ações e melhorias, e não foi falado nada, a reunião aconteceu no dia 17” e finalizou dizendo que ficou sabendo pela imprensa.
O ex-vereador João do Suco, também comentou a atitude de Greca: “Uma importante decisão do Prefeito Rafael Greca de Macedo, manter a unidade de atendimento 24 do Pinheirinho. Atendendo aos moradores e comerciantes da região sul de Curitiba”.
O empresário Gilmar Pereira de Lima da FG Car – Tractor Pawer System, do Capão Raso chegou a ser veemente na defesa da manutenção do atendimento, “mas ele precisa entender que não pode simplesmente fechar uma estrutura deste porte sem conversar com a comunidade, sem buscar até mesmo parceria com empresários, por exemplo. Agregar é fundamental e preciso, para uma boa comunicação entre prefeito e comunidade”.
Com mais veemência o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), aproveitou para novas críticas ao prefeito. Ivani Amaro dos Santos foi além da luta contra o fechamento defendendo a ampliação do “serviço de saúde e não fechada uma UPA … A população que vai sofrer com isso”.
Vale também destacar que Greca pretende criar o novo serviço de atendimento a pacientes com dependência química e problemas mentais: “Vamos continuar precisando de um espaço para receber pacientes da Saúde Mental e dependentes químicos e de álcool em situação de surto. Confio que todos que trabalharam para que a UPA Pinheirinho não fechasse nos sugiram novas soluções”.
Disse que há um projeto para a criação de um local específico para uma unidade de emergências psiquiátricas, e que ela é uma demanda imediata do município: “Com o fechamento do Hospital Psiquiátrico Hélio Rothenberg pode acontecer de não termos leitos em Curitiba e haver uma situação de desumanidade”

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