Poucos veem o que somos, mas todos veem o que aparentamos

Ramires gazeta do bairro-gazeta-do-bairro

Poucos veem o que somos, mas todos veem o que aparentamos ser. Da frase dita por Nicolau Maquiavel, cuja principal obra é “O Príncipe”, livro de cabeceira para os políticos que agem com o princípio de que “os fins justificam os meios. Como todas as literaturas de ficção a obra tem sua parcela na história, na condução e no modo de ser e agir dentro da sociedade.
O âmbito que melhor se encaixa esta frase, hoje, seria o político nacional –parafraseando o Sr. Lula: nunca nesse país… se viu uma investigação tão abrangente como a “lava-jato”. Há anos e anos temos uma casta de políticos tidos como bons, bonitinhos, e que “lutam em favor da nação e dos mais necessitados” e que através de discursos populistas engambelam o povo. Isto não é novidade certo?
Pois é, mas a novidade é que em momentos de crise e de grandes tribulações podem e surgem algumas coisas positivas, este momento de corrupções escancaradas, falta de credibilidade institucional, crise financeira e “tuto quanti” outras porcarias, podemos retirar da consciência moral uma análise prática de como ser e agir enquanto governados, enquanto pessoas que valorizam aquilo que foi conservado à nós e que vem sendo usurpado, ou seja “o direito a querer uma mudança, um modo correto e digno de fazer as coisas, de fazer política boa e saudável”.
Pessoas que outrora se diziam bons para muitos e fazedores de boas políticas públicas e que agora ou se acovardam ou fazem os diabos para escaparem das garras da justiça e das mãos do Juiz Sergio Moro. O fato é que tal corrupção não se desdenha somente nos grandes esquemas, mas nos baixos também, e, para governados isso se tornará ruim demais mesmo que o sujeito não seja um político corrupto, mas apenas um boneco, um falastrão um político de conveniências, que pouco ou nada faz em vista do bem comum – como se isso fosse exigir demais.
Talvez o momento não nos leve a nada, talvez o momento político nos leve a colher bons resultados para a democracia jovem deste país, ou talvez piorem as coisas, mas nossa consciência não deve permanecer alheia aos acontecimentos, precisamos vê-los – os políticos- como eles são e não como aparentam, eu e você sabemos que ainda é possível.

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