O exemplo tem de vir de cima

A mobilização dos moradores das imediações da Igreja da Consolação, na divisa entre os bairros Pinheirinho e Capão Raso em busca de maior segurança, pode não dar em nada.
Esta união em busca de segurança deve enfrentar agora a falta de apoio oficial que ficou clara na última reunião. Mesmo que a esperança da comunidade ainda seja grande, a perceptível falta de compromisso dos representantes oficiais deixa muitas dúvidas no ar.
Em termos oficiais somente o comando da Guarda Municipal da região esteve presente. O comando da 1ª Cia da PM e a delegada chefe do 8º DP (membros natos do Conseg), apenas enviaram representantes, assim como o comando do Conseg que não conseguiu nem ao menos entregar os diplomas para oficializar o ato solene que ficou com o Hino Nacional, a bandeira do Brasil, os discursos e o brinde de algumas camisetas do Conseg, entregues pela simpática e bem falante coordenadora do Órgão, sem nenhuma documentação oficial.
A comunidade que iniciou o movimento logo apósum crime bárbaro, no mês de julho, ainda hoje se mantém unida na busca de mais segurança. Mesmo sem se queixar, o presidente empossado, por todos conhecido como Toninho, ou Toninho do CTG, reconheceu que não recebeu nenhum documento oficial até o final de novembro, quase um mês depois de ser empossado. Depois de enviar toda a documentação exigida para assumir o cargo, ter realizado reuniões com autoridades e vizinhos e assumido compromissos para falar em nome da comunidade, não tem nada de oficial.
Na minha opinião, um grupo informal poderia fazer muito mais, com a liberdade de agir por conta sem o compromisso de ficar atrelado a um organismo oficial que não oferece o devido respaldo.
Se já começa assim, vemos pouca probabilidade de chegar a bom termo. Fica, no entanto, a esperança de que o presidente Toninho e sua diretoria consigam convencer as “autoridades” de seus compromissos e da obrigatoriedade de sua presença neste momento importante onde cidadões comuns se disponibilizam para colaborar naquilo que é obrigação da autoridade policial.
Aqui, o exemplo de organização e da ação em busca de segurança é maior da comunidade do que da autoridade, invertendo-se as obrigações que deveriam ser encabeçadas por quem tem a responsabilidade e obrigação de agir.
Será que um Conseg atuando sem a participação dos comandos da Polícia Militar e da Polícia Civil consegue “funcionar”?

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