O Cruzeiro

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Tudo maravilhoso e surpreendente.
A fúria do vento naquela sacada gigantesca, agregado à beleza do céu azul, coberto com uma manta de estrelas, iluminava ainda mais o nosso mundo.
O início de uma experiência fantástica! Oito dias entre irmãos, cunhada, sobrinha, uma multidão de pessoas, todos ladeados por água e mais água. Novidades todos os dias, acontecimentos, lugares incríveis, situações várias que, obviamente, mesmo sem estar no roteiro, serviram como novas lições.
Nos deparamos com fatos marcantes, diferentes de outras férias surgindo através de outro ângulo, quase uma “Poesia”, como era o nome do navio. Argentina o nosso destino.
A primeira da família naquele cenário envolvente foi o comentário do mano Augustinho: “Isto não é um navio é um condomínio em cima d’agua”. Cena inusitada. Mas ali tudo era motivo de muito riso e divertimento, afinal estávamos de férias e entre irmãos.
A luz do sol refletindo seu brilho na imensidão do mar azul deixando-o ainda mais lindo, um verdadeiro convite para mais e mais fotos, mesmo sem celular fazendo parte da rotina como hoje.
A Camila, caçulinha da turma nos presenteava com seu lindo e cativante sorriso a cada selfie. Na condição de “degustadora oficial de vinhos do nosso grupo” (e olha que ela se fazia de perita e convencia até os mais entendidos no assunto), sua pose de degustadora era forte e convincente. É obvio que depois de escolher o vinho, os comentários eram muito engraçados, pois Camila não tinha o hábito de beber e de vinho nada entendia.
Foram muitos foras, aquele corredor que parecia infinito, fez com que muitas de nós, de vez em quando, nos perdêssemos do grupo por alguns minutos ou até algumas horas.
Tomávamos conta do elevador, onde nos perdíamos na roda de conversa, esquecendo que não estávamos sós; distraídos, parados na porta da saída e até ouvirmos algo como: “desempaca desta porta”.
Mas ninguém se abalava, afinal nosso propósito era nos divertir, sem pensar em stress ou mesmo em “vazar” impaciência.
A Irene revelara claramente ser uma excelente fotógrafa, não perdia um clique, era com a máquina da Neide, com celular da Camila com a máquina do Augustinho da Zilda, fotografava até nossos mais atrevidos segredos em sonho.
A Helena deixou bem claro o quanto é apaixonada por “trajes”: no último dia, depois de provar uma variedade de roupas, já deitada, olhando as manas dormindo resolveu enfim deitar. Nem bem deitou, ela dá um salto da cama e estava no alto, nos acordou com o barulho, correu em direção ao corredor. Desesperada foi resgatar a mala que já pronta para ser despachada; lembrou-se de uma blusinha que usaria no dia seguinte.
A Zilda, como de costume nunca perdeu o pique. Para muitos que costumavam dormir cedo, pode até parecer tedioso nossos passeios noturnos naquele navio. Mesmo assim tivemos apenas algumas cochiladas no teatro, no mais estava com a corda toda e sempre de bem com a vida.
Minha estimada cunhada Clarice, assim que entrou no navio, era como se um mar de tranquilidade invadisse a sua alma e quando conseguiu enfim deixar seu medo para trás, muito emocionada, agradeceu a Deus por estar ali.
Foram oito dias inesquecíveis, serpenteando por um belo navio, onde tudo era um delírio; estávamos em um outro mundo.
Quanto a mim, vivenciei uma experiência fantástica, fazendo parte daquele cenário me aliando muito bem àquele paraíso.

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