Mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa…

 

A minha verdadeira infelicidade e o meu egocentrismo, a minha egocracia, o fato de eu gravitar em torno do meu Ego, e não em torno do meu Eu, do Deus em mim. O meu Ego é muito vulnerável – o meu Eu é invulnerável. Aquele não está sob meu controle, pode ser ofendido, vulnerado, por fora – somente o meu divino Eu é que é invulnerável de fora totalmente imune de ataques externos: a única vulnerabilidade vem de dentro, de mim mesmo. Ninguém me pode fazer feliz, nem infeliz, exceto eu mesmo, embora outros possam me dar gozo ou felicidade, que são coisas do Ego e não do Eu.
Meu Eu não foi ofendido, magoado. Ninguém me pode fazer mau, exceto eu mesmo – todos os outros apenas me pode fazer mal. Receber é algo que me acontece – ser mau é algo que eu sou, como também o seu contrário, ser bom. Daquilo eu sou o objeto – disto eu sou o sujeito poderoso. Ser-mau é o único mal verdadeiro – mas isto me pode acontecer de fora, sem culpa minha. Outros me podem fazer mal ou bem, só eu me posso fazer mau ou bem.
Enquanto eu, na minha velha ignorância, continuar a identificar-me com meu Ego Personal – a minha máscara – não serei solidamente feliz. Porque a minha felicidade depende de algo que não depende de mim.
Se qualquer fator fora de mim me pode fazer feliz ou infeliz, não sou realmente feliz…

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