João-de-Barro

joa barro-gazeta-do-bairro

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O nome científico da ave é Furnarius rufus, Forneiro Ruivo, por sua cor e pelo seu ninho – uma obra maravilhosa -, que se parece com um forno de barro e, até hoje, é a última palavra na tecnologia da nidificação.
No Brasil, também se chama Forneiro, assim como no espanhol (Hornero) e no francês (Foornier); um inglês é Ovenbird (de oven, forno + BIRD, pássaro).
O pássaro, além de sua justíssima fama de trabalhador, é o símbolo da fidelidade. Dizem que o João-de-Barro nunca se separa da sua amada e, se a ingrata foge com outro ou morre primeiro, ele tapa a abertura do ninho e fica solitário o resto da vida. O pássaro foi eleito a ave nacional da Argentina. Pela fidelidade?! – estranhará com razão o leitor; não, pela obra.
Em mais ou menos cinco dias, o casal, no período da reprodução, constrói sua casa, com barro úmido, palha e esterco, sempre com a abertura voltada para o lado contrário do vento (segundo alguns biólogos, é o resultado de uma informação herdade geneticamente). O local escolhido para a construção pode ser uma árvore ou, perigosamente, um poste de energia elétrica (como você já deve ter visto nas estradas). Perigosamente por que com freqüência o pássaro limpa o bico nos isoladores instalados nesses postes e é fulminado, provocando, além de uma viúva, o desligamento da rede (é a causa de mais de 10% dos desligamentos em algumas regiões do Brasil).
Porque João-de-Barro e não Roberto-de-Barro ou Humberto-de-Barro? Porque João é um nome muito comum, tanto que a fêmea dele é chamada Maria-de-Barro e não Neide-de-Barro ou Carmem-de-Barro.

 

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