Diversão: Ler ficção beneficia habilidades verbais das crianças e adolescentes

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Atividade contribui para estimular a criatividade. Especialista dá dicas de como incentivar o hábito da leitura 

Livros de ação, aventura e sagas popularmente conhecidas podem contribuir positivamente para o desenvolvimento das crianças e adolescentes. Segundo um estudo publicado na revista acadêmica Reading and Writing, as pessoas que lêem qualquer tipo de ficção, conseguem ter um melhor resultado nas suas habilidades linguísticas. 

No estudo, foi observado que as pessoas que gostavam de ler ficção por lazer tinham pontuações mais altas nos testes do que as demais. Para Andreia Aparecida da Silva,  diretora do Marista Escola Social Irmão Lourenço, o incentivo à leitura por lazer e diversão é uma das ferramentas importantes para o desenvolvimento de diversas habilidades. “Os alunos que deixam a leitura entrar na sua rotina desenvolvem percepções, memórias, identificação com personagens e histórias que contribuem para o estímulo, a criatividade, a interpretação de texto e as linguagens em geral”, reforça. 

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Criatividade e imaginação

Os diversos gêneros literários podem ser fonte de compreensão do lúdico, e os livros popularmente conhecidos podem ajudar as crianças e os adolescentes terem assuntos em comum, debater os temas e histórias.

Neste sentido, a escola cumpre um papel essencial e pode ser uma fonte de incentivo desses hábitos. No Marista Escola Social Irmão Lourenço, que atende gratuitamente crianças e adolescentes na Zona Leste de São Paulo, os alunos sempre foram cercados de atividades literárias, e para manter a frequência durante a pandemia, são realizadas diversas atividades na biblioteca, que é aberta e disponível para toda a comunidade. “Realizamos ações, enviamos sacolas literárias e promovemos feiras com livros doados. Como muitos alunos não têm acesso a internet banda larga, esse incentivo promove o encontro da criança com o livro”, reforça. 

A especialista dá dicas para incentivar o hábito para crianças e adolescentes

Leitura e brincadeira 

Os livros podem ser ferramentas de imaginação e criação de novas histórias. Para as crianças menores, utilizar a leitura como fonte de brincadeira contribui para o incentivo do hábito. “Construir um barco de papel, quando o livro conta a história de um navegador, por exemplo, pequenas ações que aliam a imaginação e a realidade, podem gerar uma atividade muito divertida”, revela Andreia.

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Comece devagar

Para estimular o hábito da leitura com os adolescentes, os pais e responsáveis podem conversar aos poucos sobre o tema, criar laços de conexão, relembrar algum livro que marcou a sua infância ou adolescência, um momento de leitura com os pais, ou os avós. Essa ligação pode resgatar bons momentos e incentivar os adolescentes a conhecerem novos livros e histórias.  

Utilize outras ferramentas para mostrar as histórias

Filmes, desenhos, séries e peças de teatro também contam muitas histórias retiradas de livros e, com a pandemia,muitos são os conteúdos disponibilizados gratuitamente na internet. Aproveite para mostrar que muitas pessoas gostam da mesma história, que aquele personagem é conhecido no mundo todo. 

Procure descobrir os temas que mais atraem 

É normal as crianças e adolescentes gostarem mais de determinados temas. Esse interesse pode contribuir na escolha dos títulos. “Todas as crianças possuem fases e gostam de determinados assuntos, estimular essa escolha para iniciar o hábito da leitura pode contribuir para que eles se sintam mais confiantes e curiosos”, afirma a diretora.

Embarque junto na viagem

O incentivo dos familiares também auxilia que as crianças e adolescentes queiram compartilhar o livro em que estão envolvidos no momento. Se o livro contar uma história de outro país, por exemplo, uma visita virtual na internet pode mostrar como aquele local é hoje. Ou se a história se passa em um cenário com muitas plantas, porque não aproveitar para fazer algum projeto  no jardim de casa ou em um vasinho? “Podemos  transformar aquele momento de leitura em aprendizado e diversão”, reforça Andreia. 

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