Crônica: Pesadelo

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Clarinha saiu sem rumo, na intenção de curtir uma noitada caminhava nas ruas movimentadas, de repente uma luz iluminava um grande painel: Bar do Bera.
Haviam luzes coloridas, pessoas se divertindo, dançando, bebendo, parecia que uma força maior a puxava para dentro daquele ambiente com tanta luxúria. Entrou tomou sua cerveja, dançou e paquerou alguns rapazes, inclusive o Thomaz.
Clarinha percebeu que ao seu redor haviam muitas pessoas, jovens, rapazes, moças e senhoras.
Tudo ali era animado e “confuso” que por algumas horas esqueceu do mundo lá de fora. Apesar de toda euforia, observou que naquele ambiente não havia saída. A medida em que os segundos do seu relógio passavam, seu batimento cardíaco aumentava. Naquele momento Clarinha percebeu que algo errado estava acontecendo. Quando saiu de seu estado de choque, juntou-se a um grupo de pessoas e começou a implorar para que mostrassem uma saída. Para sua maior tristeza foi informada que não havia saída, o objetivo era segurar as pessoas no local e que muito em breve tudo seria esclarecido.
Desesperada correu em direção a uma porta, não conseguiu abri- lá, procurou por janelas, haviam muitas, porém lacradas, telefone sem sinal.
Clarinha exigia uma explicação, porém o silêncio era tão grande que podia ouvir seus batimentos cardíacos.
Inesperadamente as luzes se apagaram e o ambiente ficou uma escuridão total, um verdadeiro “breu”.
Ouve -se um grito ensurdecedor e aparece em meio à escuridão uma figura muito estranha, anunciando em voz alta, que todos teriam que seguir as regras. Disse pausadamente… aqui é o purgatório, existem duas saídas: uma para o céu e outra para o inferno. Clarinha não queria aceitar a realidade, quase entrou em pânico e começou a gritar, suando frio, trêmula e pálida, sentou na cama ainda em estado de choque ouve a voz de Thomaz seu companheiro: calma Clarinha foi apenas um pesadelo.

Neide Seco

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