Agarrados

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Os vícios da classe política estão realmente muito arraigados, mas mesmo assim, com alguma boa vontade conseguimos assistir algum progresso na criação de leis que vem limitando aos poucos a influência das lideranças políticas e dos donos de partidos na indicação dos cargos nas diretorias e chefias de empresas estatais e outras instituições.
Neste jogo de posar para a plateia, nossos “representantes” continuam sustentando a tradição de discutir abertamente assuntos importantes e, ao mesmo tempo, de maneira sorrateira inserir emendas diferentes dos projetos de lei e medidas provisórias em votação. Por exemplo, quando discutiam o projeto sobre as agências reguladoras, aproveitaram para alterar o Lei das Estatais (lei que regula as indicações políticas) em meio a tantas maracutaias. Tentando destruir um importante passo no sentido de moralizar as indicações para estas empresas. Segundo estes “espertos” sem a indicação para estes cargos não teria mais “graça” exercer mandato. Engraçado mesmo é a maneira desavergonhada com que estes aproveitadores da Nação se apresentam como verdadeiros “cara-de-pau”.
Esta possibilidade de indicar apadrinhados e comandados para cargos nas estatais é mais um “direito” de um bom número de deputados sem vergonha de reclamar: a Lei das Estatais e o PL das Agências Reguladoras acabem amarrando suas mãos.
Melhor seria se pudéssemos impedi-los de continuar “cravando” suas garras no erário público. Enquanto isto, fica a recomendação para procurarem uma paracutaca (palavra que conheci hoje) para retirar da mesma um remo e uma canoa para zarparem rumo ao alto mar.

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